terça-feira, 31 de dezembro de 2013

Bolsas de EUA e Europa têm maior alta em mais de 5 anos em 2013

Bolsas de EUA e Europa têm maior alta em mais de 5 anos em 2013

 
 
 
Em Wall Street, índice Dow Jones caminha para melhor desempenho anual desde 1995. Na Europa, Bolsas tiveram maior ganho desde 2009 com recuperação das economias de países desenvolvidos
Bruno Villas Bôas - O Globo
 

Operadores usam óculos celebrando 2014 no piso do pregão da Bolsa de Nova York
Foto: Seth Wenig/AP
Operadores usam óculos celebrando 2014 no piso do pregão da Bolsa de Nova YorkSeth Wenig/AP

Com a recuperação econômica mais consistente nos Estados Unidos e na Europa, cinco anos após a crise financeira internacional, as Bolsa de Valores da maioria dos países desenvolvidos caminham nesta terça-feira para fechar 2013 com a maior valorização nos últimos anos. Em Wall Street, o Dow Jones, principal índice da Bolsa de Nova York, sobe 0,26% nesta terça-feira e acumula um ganho de 26,27% no ano, o melhor desempenho anual do mercado desde 1995 (33,45%).

Também nos EUA, o índice Nasdaq, referência para o setor de tecnologia, tem valorização de 0,34% e sobe 37,58% no ano, a maior alta desde 2009 (43,89%).O S&P 500, das 500 maiores empresas americanas, avança 0,29% nesta terça-feira e acumula ganho de 29,46% em 2013. Somente no mercado americano, as Bolsas ganharam US$ 5 trilhões em valor de mercado em 2013, para US$ 22,2 trilhões, segundo dados da Bloomberg.

O otimismo dos investidores com o mercado americano ocorre num ano de surpreendente recuperação econômica no país. O Produto Interno Bruto (PIB) americano cresceu 4,1% no terceiro trimestre deste ano, pela taxa anualizada. O consumo, motor da economia dos EUA, subiu 2% no terceiro trimestre, mais que a taxa de 1,4% que era prevista pelo mercado.

Segundo Alexandre Espírito Santo, economista da Simplific Pavarini, o início da retirada de estímulos monetários pelo Federal Reserve (Fed, banco central americano) a partir de janeiro, de US$ 85 bilhões para US$ 75 bilhões mensais, seria mais um dos indicativos da recuperação da economia dos Estados Unidos.

- Os investidores estavam pessimistas com o desempenho das economias de países desenvolvidos nos últimos anos. Mas, com as economias voltando à normalidade, como nos EUA, os investidores viram preços convidativos de ações nesses países desenvolvidos e tiraram recursos de emergentes, inclusive do Brasil, da Rússia e outros que desapontaram - explica Santo.

O mercado europeu de ações também tiveram assum um ano de ganhos consistentes. O FTSE 100, da Bolsa de Londres, avançou 0,26% nesta terça-feira e acumulou no ano uma valorização de 14,43%, a maior desde 2009 (22,07%). O índice CAC 40, da Bolsa de Paris, valorizou-se 0,47% e encerrou 2013 com ganhos de 17,99%, também os maiores desde 2009 (22 ,32%). Frankfurt não teve pregão nesta terça-feira. Ontem, o DAX, principal índice de ações da Alemanha, fechara em alta de 25,48% no ano.

No segunda-feira passada, o índice Nikkei, da Bolsa de Tóquio, encerrou o ano em alta de 56,72%, a maior valorização anual desde 1972. Nesta terça-feira, mais cedo, A Bolsa de Sydney teve queda de 0,09%, mas os ganhos no ano superam os 15%, melhor resultado dos últimos quatro anos. Já em Taiwan, a Bolsa recuou 0,14% na terça-feira, mas acumulou alta de 12% em 2013, a maior desde 2009.

O mercado brasileiro teve seu último pregão do ano na última segunda-feira, dia 30. O Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), acumulou queda de 15,50% no ano, o pior desempenho desde 2011 e na lanterinha dos mercados globais. O Ibovespa teve o segundo pior desempenho do mundo, entre 94 principais índice de ações, atrás apenas da inexpressiva Bolsa peruana, que recuou 24% em 2013.