quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

Padilha (ou quadrilha?) diz que cancelará convênio com ONG do pai

Padilha diz que cancelará convênio com ONG do pai

Acordo foi assinado em dezembro de 2013 para prestar serviços de 'promoção e prevenção de vigilância à saúde'

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REENCONTRO - Subcontratada no Ministério da Saúde, comandado por Alexandre Padilha, a Pepper atuou na campanha de combate à dengue contratando uma empresa que trabalhou com ela na campanha de 2010
RECUO - Alexandre Padilha diz que vai cancelar contrato firmado com ONG do pai no final do ano passado (Elza Fiuza/ABR)

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, afirmou nesta quinta-feira que cancelará o convênio da pasta com a ONG Koinonia-Presença Ecumênica e Serviço, da qual seu pai, Anivaldo Padilha, é sócio e fundador. As informações foram publicadas pelo jornal Folha de S. Paulo. Candidato do PT ao governo paulista, Padilha entregará o cargo na próxima segunda-feira.

"Para poupar a instituição de qualquer exploração política, eu tomei a decisão hoje de solicitar ao jurídico do ministério a tomar todas as medidas legais possíveis para cancelar esse convênio", afirmou Padilha.

O acordo foi assinado com a ONG no dia 28 de dezembro de 2013 para prestar serviços de "promoção e prevenção de vigilância à saúde". O convênio, firmado no valor de 199.800 reais, prevê instruir jovens a como evitar e tratar doenças sexualmente transmissíveis, como a aids.

O ministro disse que não há irregularidades no contrato firmado com a ONG e que não repassou nenhuma verba para a entidade. "É uma ONG criada há vinte anos por fundadores como Betinho, Rubem Alves, meu pai, dentre os associados fundadores. Ela passou por todo o procedimento legal, foi edital público, teve propostas da Koinonia que foram aceitas tecnicamente, outras não", afirmou.
Padilha disse que seu pai não recebe salário da ONG desde 2009 e que a entidade já havia firmado convênios com o ministério no passado – governo Fernando Henrique Cardoso.

"Eu sei que, por eu estar saindo do Ministério da Saúde, eu vou entrar numa missão de... Cada ato vai querer ter exploração política", afirmou.

Nesta quinta-feira, a oposição informou que pedirá à Comissão de Ética Pública da Presidência apuração se houve irregularidade no contrato firmado com a entidade.