domingo, 29 de junho de 2014

Na Copa do Mundo, Estados Unidos lideram... o mercado financeiro

O Globo

Dos 16 países classificados para as oitavas de final, ações dos EUA têm a maior valorização durante a competição


Apesar de terem passado à etapa eliminatória da Copa do Mundo, os Estados Unidos ainda não merecem o título de craques da bola. Mas quando se olha seu desempenho em gramado onde têm muito mais traquejo — o mercado financeiro —, os americanos são campeões. 

Levantamento do site CNNMoney mostra que, desde 12 de junho, quando começou o Mundial, Wall Street teve a maior valorização entre as ações dos 16 países que estão nas oitavas de final.

O índice de referência americano S&P 500 subiu 1,4% no período, contra esquálido avanço de 0,2% da Bolsa do Montevidéu, segunda colocada no ranking. Mas o site ressalva que a comparação não é muito justa porque a Bolsa uruguaia tem pouca movimentação e é em grande parte formada por ativos de renda fixa.

Para os outros integrantes da lista, não há o que comemorar. A Bolsa mexicana, que ocupa a terceira posição, ficou estagnada desde o início da Copa. Já os 13 restantes encolheram. O Ibovespa, índice de referência da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), ficou com a 13ª colocação — para desespero dos supersticiosos —, com uma contração de 2,9% desde o primeiro jogo, em que Brasil venceu a Croácia por 3 a 1 no estádio do Itaquerão. Mas o desempenho da Bolsa brasileira não anda tão mal das pernas como sugere o ranking: desde seu nível mais baixo no ano, 14 de março, o Ibovespa já recuperou 18,2% de sua pontuação: de 44.965 para 53,157 pontos.

A Argentina — que passa por momento delicado, com risco de dar calote técnico em sua dívida — vem logo abaixo do Brasil. Seu índice de referência Merval registra queda de 3% desde 12 de junho. Mas, assim como no caso brasileiro, a situação é bem mais favorável quando se amplia o período de análise: saltou 46%, de 5.391 pontos para 7.905, um dos melhores desempenhos do mundo.

Em último lugar na lista está a zebra da Copa, a Costa Rica, com recuo de 7.4%. Mas seu mercado é também o mais incipiente do grupo, com apensas 11 empresas integrando o índice de referência (no Brasil, são 71).


Veja abaixo a lista completa:

1º - EUA: 1,4%
2º - Uruguai: 0,2%
3º - México: 0%
4º - Chile: -0,1%
5º - Argélia: -0,3%
6º - Colômbia: -0,3%
7º - Holanda: -0,9%
8º - Bélgica: -0.9%
9º - Nigéria: -1,2%
10º - Alemanha: -1,3%
11º - Suíça: -1,5%
12º - França: -2,5%
13º - Brasil: -2,9%
14º - Argentina: -3%
15º - Grécia: -6,5%
16º - Costa Rica: -7,4
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