sábado, 30 de agosto de 2014

Aécio diz que Marina prega 'versão genérica' de modelo econômico tucano

Bruna Fasano - Veja

Em agenda no interior paulista, candidato do PSDB lembrou a trajetória da adversária, hoje filiada ao PSB, mas cujas raízes são petistas


Foto 1 / 10
AMPLIAR FOTOS
O candidato a reeleição ao governo do Estado, Geraldo Alckmin, ao lado do candidato do PSDB a Presidência da República, Aécio Neves, durante campanha em Ribeirão Preto, no interior paulista
O candidato a reeleição ao governo do Estado, Geraldo Alckmin, ao lado do candidato do PSDB a Presidência da República, Aécio Neves, durante campanha em Ribeirão Preto, no interior paulista - Felipe Cotrim/VEJA.com
A arrancada de Marina Silva (PSB) na última pesquisa Datafolha também provocou mudança no discurso do candidato do PSDB à Presidência da República, Aécio Neves. A exemplo da presidente-candidata Dilma Rousseff (PT), o tucano ampliou a artilharia contra Marina neste sábado e afirmou que a adversária lançou uma versão genérica das propostas econômicas historicamente defendidas pelo PSDB.
Nesta sexta, Marina apresentou seu plano de governo, cuja agenda econômica resgata a ortodoxia perdida nos governos petistas. No centro da cartilha, a candidata do PSB e sua equipe econômica – capitaneada pelo economista Eduardo Giannetti – reafirmaram o compromisso com o chamado "tripé econômico" – sistema composto por meta de inflação, câmbio flutuante e rigor fiscal — e a independência do Banco Central garantida por lei. "Entre o original e aquele que se apresenta agora, talvez como uma marca um pouco genérica, eu fico com o original", afirmou Aécio neste sábado, em campanha na cidade de Ribeirão Preto, no interior paulista. "O programa da candidata Marina é a maior homenagem que nós poderíamos receber neste momento. Porque, na verdade, ela consagra as teses que nós defendemos ao longo da nossa existência", disse o tucano.
Na sequência, Aécio também colocou em prática a nova estratégia do PSDB de usar a trajetória política de Marina para aproximá-la do PT e desmontar o discurso de que ela representa uma "nova política" – segundo o Datafolha, 79% dos eleitores manifestaram desejo de mudança na condução do país – para romper com a polarização entre PT e PSDB no poder. Marina foi militante e elegeu-se pelo PT durante onze anos – ela deixou a sigla em 2009, após desavenças quando era Ministra do Meio Ambiente no governo Lula.
"Lamento apenas que essa conversão, do ponto de vista econômico, de gestão, não tenha vindo um pouco antes. Por exemplo, quando ela militava no PT. E o PT combateu ferozmente a Lei de Responsabilidade Fiscal, o tripé macroeconômico e o Plano Real”, disse o tucano.