segunda-feira, 29 de setembro de 2014

Afônica, Dilma faz campanha relâmpago em Minas

Felipe Frazão, de Belo Horizonte (MG) - Veja


Cansada, presidente-candidata circulou pela capital mineira por dez minutos e só conseguiu discursar por pouco mais de dois minutos


Dilma circulando em carro com Fernando Pimentel na favela Aglomerado da Serra, em Belo Horizonte
Dilma circulando em carro com Fernando Pimentel na favela Aglomerado da Serra, em Belo Horizonte (Felipe Frazão/VEJA.com)
Em esforço final de campanha para percorrer os principais colégios eleitorais do país, a presidente-candidata Dilma Rousseff (PT) fez um discurso relâmpago nesta segunda-feira em Belo Horizonte (MG), sua cidade natal. Este foi o último ato de campanha de Dilma em Minas Gerais, onde lidera as intenções de voto com 32%, contra 31% de Aécio Neves(PSDB) e 20% de Marina Silva (PSB), segundo o Datafolha.
Dilma circulou no “dilmamóvel” por menos de 10 minutos na Praça do Cardoso, na favela Aglomerado da Serra, uma das maiores da capital mineira. A presidente acenou a cabos eleitorais e moradores da favela de cima da caminhonete. Com a palavra, falou por 2 minutos e 30 segundos e encerrou o discurso relâmpago após tossir e desafinar – ontem ela esteve nodebate da TV Record e na quinta irá ao debate na TV Globo.

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“Eu não podia deixar de vir aqui. Nasci nessa cidade, me criei aqui e daqui aprendi a olhar o povo desse país”, disse Dilma. “Vocês devem cuidar para no próximo domingo ir às ruas e votar com paz, consciência e amor no coração. Nós não podemos deixar que tudo que conquistamos seja perdido, que se volte atrás nos empregos e no aumento dos salários, agora que o filho do trabalhador pode virar doutor e que o Brasil saiu do mapa da fome, não podemos voltar atrás.”
Dilma estava ao lado do candidato do PT ao governo do Estado, o ex-ministro Fernando Pimentel, e do candidato ao Senado na chapa, Josué Alencar (PMDB), filho do ex-vice-presidente da República José Alencar, morto em 2011. “Nós não vamos permitir que o Brasil ande para trás, que aqueles que são contra o povo voltem ao governo para prejudicar a nossa gente”, disse Pimentel.


Nenhum dos petistas fez referências ao tucano Aécio Neves, adversário de Dilma e ex-governador do estado. Procurando uma reabilitação em território mineiro nas pesquisas, Aécio também concentrou agenda no estado nas últimas semanas. Ele fará caminhada em Uberlândia na tarde desta segunda e, à noite, visitará Belo Horizonte, onde tem encontro na Associação Médica de Minas Gerais com os candidatos tucanos ao Palácio da Liberdade, Pimenta da Veiga, e ao Senado, Antonio Anastasia.