sexta-feira, 18 de dezembro de 2015

IPCA-15 é o maior para o mês desde 2002; em 1 ano, inflação de Dilma vai a 10,71%

UOL com Reuters



IPCA-15 (Índice de Preços ao Consumidor - Amplo 15), considerado uma prévia da inflação oficial (IPCA), ficou em 1,18% entre o final de novembro e o começo de dezembro. 
É a maior alta de preços medida pela IPCA-15 para meses de dezembro desde 2002 (3,05%).
O valor representa uma aceleração em relação ao mês anterior, quando o indicador havia registrado alta de 0,85% nos preços. Em dezembro de 2014, o IPCA-15 havia sido de 0,79%%.
No acumulado de 12 meses, a inflação fica em 10,71%. A alta acumulada no período foi a mais elevada desde novembro de 2003 (12,69%). 
O objetivo do governo é manter a alta dos preços em 4,5% ao ano, mas há uma tolerância de dois pontos percentuais para mais ou para menos, ou seja, a inflação pode variar entre 2,5% e 6,5%.
Os dados foram divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta sexta-feira (18).

Alimentos e combustíveis

O grupo alimentação e bebidas foi o que mais pressionou o índice, com alta de 2,02%. Os produtos que mais subiram no período pesquisado foram a cebola (26,28%), a batata (18,13%) e o tomate (17,6%).
No ano, os alimentos acumulam alta de 12,16%.
Outro item que puxou a inflação para cima foi o de transportes (1,76%), principalmente devido à alta no preço dos combustíveis. O etanol subiu 7,14%, e a gasolina, 2,69%.

Metodologia

O indicador refere-se às famílias com rendimento de um a 40 salários mínimos e abrange as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e Goiânia.
A metodologia utilizada é a mesma do IPCA, a diferença está no período de coleta dos preços e na abrangência geográfica.