AGUIRRE TALENTO - Folha de São Paulo
Integrantes da futura equipe do governo Michel Temer (PMDB) e aliados políticos chegaram cedo ao Palácio do Jaburu, residência oficial do vice-presidente, na manhã desta quinta-feira (12), após a aprovação do afastamento da presidente Dilma Rousseff.
O movimento de carros no local é intenso, com a chegada de deputados federais e dos futuros ministros.
Um dos primeiros, por volta das 9h, foi o secretário de Segurança Pública de São Paulo, Alexandre de Moraes, que deve ser indicado ao Ministério da Justiça.
Pouco depois, o advogado Fábio Medina, cotado para a AGU (Advocacia Geral da União) entrou para a residência oficial. Também os futuros ministros Eliseu Padilha (Casa Civil) e Henrique Meirelles (Fazenda) entraram por volta das 10h.
Desses, apenas Padilha conversou rapidamente com a imprensa. Disse que Temer deve anunciar medidas ainda nesta quinta, após assumir a presidência interina, mas que na sexta-feira (13) Meirelles detalhará as medidas econômicas.
Temer aguarda no Jaburu a notificação do resultado da abertura do impeachment no Senado, que será trazida pelo senador Vicentinho Alves (PR-TO) ainda nesta manhã. Depois disso, assume a presidência interina e deve conversar com a imprensa.
Dentre os deputados, passaram para visitar Temer os peemedebistas Darcísio Perondi (RS) e Lelo Coimbra (ES) e o deputado do PSL do Paraná Alfredo Kaefer. "Começa um novo governo, de salvação nacional", afirmou Perondi. Coimbra disse que Temer terá apoio na Câmara para a aprovação das medidas econômicas que julgar necessárias.
SENADO
Por 55 votos a 22, o Senado abriu o processo de impeachment contra a presidente Dilma por crime de responsabilidade. A presidente é acusada de editar decretos de créditos suplementares sem aval do Congresso e de usar verba de bancos federais em programas do Tesouro, as chamadas "pedaladas fiscais". Sua defesa entende que não há elementos para o afastamento.
A decisão foi tomada às 6h30, após uma sessão de quase 21 horas no plenário do Senado.
Dilma a segunda chefe de Estado a enfrentar formalmente um processo de impeachment desde a redemocratização, 24 anos após Fernando Collor.
Editoria de arte/Folhapress | ||
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