segunda-feira, 26 de setembro de 2016

Haddad se atrasou e deixou Lula esperando...

Com Blog do Josias - UOL


Ex-levantador de poste, Lula foi à periferia de São Paulo para tentar socorrer Fernando Haddad, eletrificado por ele há quatro anos. A periferia paulistana já foi petista. Não é mais. O ato de campanha estava marcado para as 11h. Lula chegou às 11h35. E nada de Haddad. Ao meio-dia, já meio incomodado, o padrinho iniciou a caminhada sem o apadrinhado, que demoraria mais 15 minutos para chegar.
Haddad disputa a reeleição como candidato favorito a transmitir o cargo de prefeito de São Paulo para um dos seus adversários. Frequenta as pesquisas como quarto colocado. Lula agora está mais para bola de ferro do que para alavanca. Convertido em réu pelo juiz Sérgio Moro, ele se absteve de tratar do assunto: “Não vou discutir o meu problema pessoal. Isso é para depois das eleições.”
Tomado pelas palavras, Lula já se deu conta de que não pode ajudar Haddad. Mas ainda procura as razões: “Você tem as manifestações na Paulista que são contra um governo que não foi democraticamente eleito. Gritam ‘fora, Temer’. Mas é estranho que são contra esse governo, mas votam nos três candidatos que o apoiam”, afirmou, referindo-se à trinca de rivais de Haddad filiados a partidos que apoiam Temer em Brasília: a ex-petista Marta Suplicy (PMDB), João Doria Junior (PSDB) e Celso Russomano (PRB).
De fato, não há muitos brasileiros entusiasmados com o governo de Michel Temer. Mas também não se vê nas ruas multidões gritando ''volta, Dilma.'' Fabricado por Lula, o mito da supergerente resultou em inflação, recessão, desemprego e perversão ética. Mas tudo isso entra no rol de temas que Lula prefere deixar ''para depois das eleições.''