segunda-feira, 26 de setembro de 2016

Por que a Lava Jato pediu a prisão de Palocci

Julia Affonso, Ricardo Brandt e Fausto Macedo - O Estado de São Paulo

Polícia Federal pediu prisão preventiva de ex-ministro da Fazenda e Casa Civil, que foi detido nesta segunda, 26, alvo da 35ª fase das investigações, batizada de Operação Omertà; juiz Sérgio Moro decretou prisão temporária


PEDIDO PRISÃO PALOCCI
O ex-ministro Antonio Palocci, dos governos Lula e Dilma, foi preso nesta segunda-feira, 26, na Operação Omertà, 35ª fase da Lava Jato. A ordem de prisão é do juiz federal Sérgio Moro, após pedido da Polícia Federal e do Ministério Público Federal.

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COM A PALAVRA, A DEFESA DE ANTONIO PALOCCI
O criminalista José Roberto Batochio, defensor de Palocci, afirma que o ex ministro nunca recebeu vantagens ilícitas. Batochio disse que ainda não tem detalhes sobre os motivos da prisão de Palocci.
Batochio acompanhou Palocci à superintendência da PF em São Paulo.
O criminalista foi enfático ao protestar contra o que chamou de ‘desnecessidade’ da prisão do ex-ministro. Ele criticou, ainda, o nome da nova fase da Lava Jato, Omertà.
“A operação que prendeu o ex-ministro é mais uma operação secreta, no melhor estilo da ditadura militar. Não sabemos de nada do que está sendo investigado. Um belo dia batem à sua porta e o levam preso. Qual a necessidade de prender uma pessoa que tem domicílio certo, que é médico, que pode dar todas as explicações com uma simples intimação?”
“O que significa esse nome da operação? Omertà? Só porque o ministro tem sobrenome italiano se referem a ele invocando a lei do silêncio da máfia? Além de ser absolutamente preconceituosa contra nós, os descendentes dos italianos, esta designação é perigosa.”
COM A PALAVRA, A ODEBRECHT
A empresa não vai se manifestar sobre o tema.