segunda-feira, 26 de setembro de 2016

Vlady Oliver: A toca do gráfico colorido

Com Blog do Augusto Nunes - Veja

É preciso enquadrar também a verborragia ignorante

 e truculenta desses eternos candidatos a tiranete de

 republiqueta bananeira



Já tive a oportunidade de afirmar que a Operação Lava Jato fez uma de suas melhores investidas contra a sofisticada organização criminosa que assolou o país quando produziu aqueles gráficos coloridos na missão de enquadrar lulão e seu bando de bacamartes. Era necessário uma cartilha explicativa — uma espécie de “Caminho Suave da Bandidagem”, para explicar, de forma quase pueril, o que é e como age o bando que nos desgovernou todo esse tempo.
Na sede da agremiação criminosa, acusaram o golpe. Tanto que saíram pela blogosfera a reclamar, num jogral picareta, das cores e das intenções dos tais “powerpoints” perigosos e nocivos para a nossa sociedade incauta e desavisada à mercê de uma “polícia fascista”. Da grana desviada ninguém fala nada. O fato é que não basta prender a camorra toda. Também é preciso discutir a forma por eles utilizada para tornar cativa uma sociedade inteira do tamanho da nossa.
É a fábrica que produz cretinos fundamentais em série que precisa ser fechada urgentemente. A verborragia ignorante e truculenta desses eternos candidatos a tiranetes de republiquetas bananeiras precisa ser enquadrada junto com os meliantes de turno. É necessário uma desconstrução no discurso dos caras. Um desmonte. Uma neutralização.
Por incrível que possa parecer, a Lava Jato vem tornando cada dia mais nítidas as regiões fronteiriças entre a criminalidade reinante e seus asseclas, discípulos, alinhados e agentes. A turma toda. É um “pega-tatu”. Pra quem não conhece a politicamente incorreta armadilha de pegar esses simpáticos bichinhos do mato, a tal geringonça depende intrinsecamente de que o animalzinho ponha a sua cabeça para fora da toca para iniciar a captura.
Pra mim tem sido didático. Jornalista que dá mais valor à cor do gráfico que à informação nele contida já colocou o nariz na armadilha. Só falta puxar da toca.