sexta-feira, 30 de dezembro de 2016

Conheça cinco países que emitem visto para quem quer investir

Veja


Alguns consulados facilitam bem as informações, mas há casos em que a melhor alternativa é contratar uma empresa especializada


Pessoas em mapa-múndi gravado em mármore em Lisboa, Portugal
Quem pretende investir tem algumas alternativas para escolher o seu destino (José Manuel Ribeiro/Reuters/VEJA)
É cada vez maior o interesse dos brasileiros em investir no exterior e, em troca, obter o visto de permanência no país escolhido. Para isso, é preciso um bom cacife, conhecimento da língua, além de tempo e paciência com a papelada. Alguns consulados facilitam bem as informações, mas há casos em que a melhor alternativa é contratar uma empresa especializada. A análise da documentação é rigorosa e inclui a exigência de atestado de antecedentes.

Estados Unidos

Obter visto de investidor para os Estados Unidos não é barato e nem fácil. É preciso passar pelos chamados EB-5, centros regionais que administram projetos de investimento estrangeiro no país, criados pelo governo americano para fomentar a criação de empregos. O investimento mais acessível é de 500.000 dólares (cerca de 1,6 milhão de reais), e o consulado não faz essa intermediação — só é possível apresentar a proposta nos Estados Unidos. Algumas empresas fazem esse serviço aqui no Brasil. “Nós atendemos quem quer investir nos Estados Unidos e obter o visto permanente sem ter de contratar um advogado de lá, o que é mais custoso”, afirma Juliana Cunha, diretora da LCR Capital Partners, empresa especializada no setor de franquias de restaurantes “fast food” e hotéis. Assim que o investimento é aprovado, o brasileiro obtém o visto temporário, chamado de green card condicional, podendo morar no país com o cônjuge e filhos solteiros de até 21 anos. Depois de um ano e meio, pode solicitar o visto permanente.

Portugal

O governo português tem facilitado a emissão do chamado Regime Especial de Autorização de Residência para Atividade de Investimento. As exigências não são poucas: transferência de capitais no montante igual ou superior a 1 milhão de euros (aproximadamente 3,5 milhões de reais) ou a criação de, ao menos, 10 postos de trabalho. Também é possível investir menos, cerca de 250.000 euros, em empreendimentos ligados à área cultural. Em troca, o empreendedor poderá residir e trabalhar em Portugal desde que, no primeiro ano, fique no país ao menos sete dias. Ao final de cinco anos, é possível pedir a residência permanente no país.

Nova Zelândia

O país da Europa tem tentado estimular a ida de investidores ao país. Mas, para isso, é preciso desembolsar 1,5 milhão de dólares neozelandês (cerca de 3,6 milhões de reais) por quatro anos, ter menos de 65 anos, ter três anos de experiência no negócio, além de bom domínio da língua inglesa. Além disso, o investidor deve permanecer no país durante, ao menos, 146 dias em cada um dos últimos três anos do período de investimento de quatro anos.

Reino Unido

Se você quer investir nas terras da rainha prepare-se para contratar uma empresa especializada e desembolsar cerca de 8,2 milhões de reais. As exigências para investir no Reino Unido incluem investir ao menos dois milhões de libras esterlinas em fundos do país, além de ter 18 anos ou mais. Os ingleses ainda são rigorosos em relação à origem dos recursos _ você precisa fornecer detalhes sobre a origem dos fundos e abrir uma conta bancária no país. O site do consulado informa que a análise do pedido demora cerca de um mês.

Canadá

O governo do Canadá tem incentivado que estrangeiros iniciem negócios no país por meio do Programa Start-Up Visa. Para isso, você tem de apresentar sua proposta de negócio a uma das agências designadas pelo governo, chamadas de “Angel Investidor Groups” ou “Ventura Capital Funds”, que será uma espécie de acionista da sua futura empresa, arcando com 50% do valor do investimento.
A “Angel Investor Group” oferece investimento de 75.000 dólares canadenses (187.000 reais) e a “Venture Capital Funds” investe 200.000 dólares canadenses (500.000 reais). Se a proposta for aprovada, o candidato inicia o processo para o obter o visto de residência permanente. Os interessados ainda precisam comprovar nível intermediário de inglês ou francês e ter condições de se manter no país (o valor estimado pelo governo é de cerca de 11.000 dólares canadenses (25.000 reais).