sábado, 31 de dezembro de 2016

Índice Dow Jones tem melhor ano desde 2013


Festa. Último pregão do ano na Bolsa da Coreia, que subiu 3,32% em 2016 - Ahn Young-joon/AP

O Globo


Bolsas americanas se recuperaram do pior início de ano da história com Trump


O mercado global de ações começou 2016 lamentando a evaporação de US$ 10 trilhões das Bolsas em apenas seis semanas com o temor sobre a economia da China, o pior início de ano que já houve. Após o último pregão do ano, porém, o tom é de celebração: a grande maioria dos principais índices acionários do mundo encerrou 2016 com alta.

Em Wall Street, o índice S&P 500 fechou ontem em queda de 0,46%, mas acumulou valorização de 9,5% no ano. Essa foi sua quarta alta anual em cinco anos (em 2015, o indicador havia registrado leve queda de 0,73%). Já no Dow Jones, a valorização em 2016 foi de 13,4%, melhor desempenho desde 2013. Ambos os índices fecharam o ano próximos às suas máximas históricas.

A maior parte dos ganhos de 2016 em Wall Street ocorreu na segunda metade do ano. Os sinais de vigor da economia americana, associados à estabilização das commodities, lançaram as bases para a valorização. O grande impulso, porém, veio com a eleição de Donald Trump.

Embora os investidores temessem a vitória do republicano, depois que ela aconteceu, os mercados começaram a avaliar os pontos positivos de sua plataforma econômica, como suas propostas de investir US$ 1 trilhão em infraestrutura e corte drástico na carga tributária.

Na Europa, o melhor desempenho foi da Bolsa de Londres, que acumulou alta de 14,43%.

O índice foi favorecido pela desvalorização da libra, efeito direto do Brexit, que acabou puxando as empresas exportadoras. Outro fator foi a valorização das commodites. Frankfurt fechou o ano com alta de 6,87%, e Paris subiu 4,86%.

O petróleo teve seu melhor ano desde 2009, registrando valorização de 52% no barril do Brent. Foi a primeira valorização anual do produto em quatro anos, motivada pelo acordo dos integrantes da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e outros 11 países para cortar a produção em 2017.

Quem não teve um bom ano foi o mercado chinês. Os investidores não conseguiram se recuperar do dramático começo de ano, e a Bolsa de Xangai acumulou perda de 12,3% em 2016, pior resultado desde 2011.