quarta-feira, 7 de dezembro de 2016

Jorge Viana cogita renúncia ao cargo de vice e comando do Senado pode ficar com Romero Jucá

Painel - Folha de São Paulo



Roleta viciada O comando do Senado pode cair no colo de Romero Jucá, segundo-vice da Casa. Na noite de segunda (5), à saída da residência de Renan Calheiros, senadores ficaram com a sensação de que a renúncia ao cargo de primeiro-vice é considerada pelo petista Jorge Viana caso o STF confirme o afastamento do peemedebista. Viana deixou exposto seu dilema: se pautar a PEC do teto na terça-feira (13), rompe com a esquerda; se não o fizer, será acusado de aprofundar a debacle econômica.
Golpista, não! “Não contem comigo para fazer com eles o que eles fizeram conosco. O Brasil não merece isso”, afirma Jorge Viana. Sobre a renúncia, o senador responde: “Não teria sentido fazer uma discussão dessas agora”.
Alto lá Dirigentes petistas dizem que pior do que colocar a PEC do teto em votação é entregar o Senado nas mãos de Jucá, um dos principais articuladores do impeachment.
Jeitinho Consultores do PSDB já trabalham em uma saída para aprovar o teto de gastos caso Viana assuma e não coloque a medida em votação. A ideia é apresentar um requerimento ao plenário e, com maioria folgada, incluir a PEC na pauta de terça.
Chiste Renan curiosamente exibia bom humor. Quando alguém reclamou do cancelamento da festa de fim de ano, respondeu: “Me acusariam de fazer o último ‘Baile da Ilha Fiscal'”, disse, citando a derradeira festa da monarquia antes da Proclamação da República, em 1889.
Subo nesse palco A Advocacia-Geral da União chegou a discutir a possibilidade de apresentar, ela mesma, um mandado de segurança caso a decisão de Marco Aurélio não fosse pautada nesta quarta.
Momento Barrichello É unanimidade no governo a avaliação de que o Planalto está sempre um passo atrás da crise. Demorou para enviar a reforma da Previdência e ainda não apresentou ações de estímulo ao crescimento.
Na fila do INSS Agentes federais se irritaram com o fato de os militares terem ficado de fora da reforma. Atribuíram à “omissão” de Alexandre de Moraes, dizendo que, diferentemente de Raul Jungmann, ele “não mexeu uma palha” pela categoria.
Isto é incrível José Serra saiu em defesa da manutenção de Henrique Meirelles à frente do Ministério da Fazenda. Em conversas reservadas, o chanceler tem dito que uma troca na equipe econômica “seria ruim”. “Desestabilizaria as expectativas.”