Rodrigo Félix Leal - 1º.set.2015/Futura Press/Folhapress | |
Marcelo Odebrecht, em depoimento na CPI da Petrobras, na sede da Justiça Federal, em Curitiba |
A delação premiada da Odebrecht mostra que Marcelo Odebrecht cuidava apenas das contas de propina da empreiteira no plano nacional. As demais, destinadas a subornar governadores e prefeitos, por exemplo, eram administradas por executivos da construtora.
CONTABILIDADE
Marcelo cuidava da conta do PT e do governo federal, tendo como interlocutor Antonio Palocci, que depois deu lugar a Guido Mantega, sempre segundo relatos da delação. Apesar de parte dos recursos dessa "conta-mãe" ter atendido a pedidos ou necessidades que os dois atribuíam a Lula, o ex-presidente não trataria com o empreiteiro sobre recursos ilegais. Os dois, inclusive, não se gostavam.
Marcelo cuidava da conta do PT e do governo federal, tendo como interlocutor Antonio Palocci, que depois deu lugar a Guido Mantega, sempre segundo relatos da delação. Apesar de parte dos recursos dessa "conta-mãe" ter atendido a pedidos ou necessidades que os dois atribuíam a Lula, o ex-presidente não trataria com o empreiteiro sobre recursos ilegais. Os dois, inclusive, não se gostavam.
CONTABILIDADE 2
O interlocutor de Lula na Odebrecht era Emílio Odebrecht, pai de Marcelo. Os dois tampouco tratariam da tal conta-mãe.
O interlocutor de Lula na Odebrecht era Emílio Odebrecht, pai de Marcelo. Os dois tampouco tratariam da tal conta-mãe.
AO REDOR
A delação deve revelar que, além da já célebre reforma no sítio de Atibaia, outros benefícios a terceiros pagos pela empreiteira, sem contar doações para campanhas, foram atribuídos a Lula.
A delação deve revelar que, além da já célebre reforma no sítio de Atibaia, outros benefícios a terceiros pagos pela empreiteira, sem contar doações para campanhas, foram atribuídos a Lula.
NÃO É COMIGO
Tanto Palocci quanto Mantega negam ter tratado de propina com a Odebrecht.
Tanto Palocci quanto Mantega negam ter tratado de propina com a Odebrecht.
EM CASA
E Marcelo Odebrecht ficará dez anos sem ver a cara da rua nos finais de semana e em feriados. Mesmo quando passar para o regime semiaberto de prisão, e depois para o aberto, ele não poderá sair de casa nessas datas.
E Marcelo Odebrecht ficará dez anos sem ver a cara da rua nos finais de semana e em feriados. Mesmo quando passar para o regime semiaberto de prisão, e depois para o aberto, ele não poderá sair de casa nessas datas.