terça-feira, 6 de dezembro de 2016

Marcelo Odebrecht cuidava da propina em plano nacional, mostra delação


Rodrigo Félix Leal - 1º.set.2015/Futura Press/Folhapress
Marcelo Odebrecht, em depoimento na CPI da Petrobras, na sede da Justiça Federal, em Curitiba
Marcelo Odebrecht, em depoimento na CPI da Petrobras, na sede da Justiça Federal, em Curitiba
delação premiada da Odebrecht mostra que Marcelo Odebrecht cuidava apenas das contas de propina da empreiteira no plano nacional. As demais, destinadas a subornar governadores e prefeitos, por exemplo, eram administradas por executivos da construtora.

CONTABILIDADE
Marcelo cuidava da conta do PT e do governo federal, tendo como interlocutor Antonio Palocci, que depois deu lugar a Guido Mantega, sempre segundo relatos da delação. Apesar de parte dos recursos dessa "conta-mãe" ter atendido a pedidos ou necessidades que os dois atribuíam a Lula, o ex-presidente não trataria com o empreiteiro sobre recursos ilegais. Os dois, inclusive, não se gostavam.

CONTABILIDADE 2
O interlocutor de Lula na Odebrecht era Emílio Odebrecht, pai de Marcelo. Os dois tampouco tratariam da tal conta-mãe.

AO REDOR
A delação deve revelar que, além da já célebre reforma no sítio de Atibaia, outros benefícios a terceiros pagos pela empreiteira, sem contar doações para campanhas, foram atribuídos a Lula.

NÃO É COMIGO
Tanto Palocci quanto Mantega negam ter tratado de propina com a Odebrecht.

EM CASA
E Marcelo Odebrecht ficará dez anos sem ver a cara da rua nos finais de semana e em feriados. Mesmo quando passar para o regime semiaberto de prisão, e depois para o aberto, ele não poderá sair de casa nessas datas.