quinta-feira, 19 de janeiro de 2017

Prévia da inflação acelera a 0,31%, mas é a menor para janeiro desde 1994

Reuters


IPCA-15 (Índice de Preços ao Consumidor - Amplo 15), considerado uma prévia da inflação oficial (IPCA), foi de 0,31% em janeiro, o mais baixo para o mês desde 1994, quando começa a série história do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), com a criação do Plano Real. A série começa em 1994 porque o instituto não compara inflações de períodos que tiveram moedas diferentes. 
O resultado mostra uma aceleração em relação a dezembro, quando o indicador havia registrado alta de preços de 0,19%. Em janeiro do ano passado, o IPCA-15 foi de 0,92%.
Os dados foram divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta quinta-feira (19).
A meta em 2017 é manter a inflação em 4,5% ao ano, mas há uma tolerância de 1,5 ponto, ou seja, pode variar entre 3% e 6%.
No ano passado, a inflação oficial no Brasil foi de 6,29%, dentro do limite máximo da meta. O objetivo era manter a alta dos preços em 4,5% ao ano, mas com tolerância de dois pontos para mais ou para menos, ou seja, podendo variar entre 2,5% e 6,5%. 
 
No acumulado de 12 meses, o índice acumula alta de 5,94%. 

O que você faz para driblar a crise?

Resultado parcial

Juros X Inflação

Na semana passada, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) decidiu cortar a taxa básica de juros (Selic) pela terceira vez seguida. A Selic caiu 0,75 ponto percentual, para 13% ano. 
Foi o maior corte em quase cinco anos. 
Os juros são usados pelo Banco Central para tentar controlar a inflação. De modo geral, quando a inflação está alta, o BC sobe os juros para reduzir o consumo e forçar os preços a caírem. Quando a inflação está baixa, o BC derruba os juros para estimular o consumo. 
A inflação mais baixa que o esperado em 2016 contribuiu para a decisão do Copom de reduzir os juros. 

Metodologia

O IPCA-15 refere-se às famílias com rendimento de um a 40 salários mínimos e abrange as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e Goiânia.
A metodologia utilizada é a mesma do IPCA, considerada a inflação oficial; a diferença está no período de coleta dos preços e na abrangência geográfica.