Jamais teremos craques como aqueles.
O Escrete de Ouro - Melhor time da história do futebol
Depois de tantas frustrações a Seleção Brasileira finalmente fez nesta quinta-feira uma exibição que lembrou os anos de ouro do futebol nacional.
Não que estivessem em campo Pelé, Garrincha, Nilton Santos, Didi, Gerson... porque, aí, seria querer o impossível.
Jamais teremos craques como aqueles.
Embora o futebol internacional tenha hoje algumas unanimidades, como Messi e Cristiano Ronaldo. E, antes, Maradona.
Por que o brasileiro deletou o futebol da agenda?
Não por coincidência, nos governos Lula e Dilma houve um processo de destruição da imagem de muitas instituições nacionais.
Nelson Rodrigues escreveu não raras vezes nas décadas de ouro do futebol nos anos 1950, 1960 e 1970 que a única coisa que unia os brasileiros era a seleção.
(A propósito, com o ocaso do nosso futebol foram saindo de cena infelizmente os cronistas que eternizaram o futebol, ao lado, claro, de Pelé, de Garrincha, de Didi, de Nilton Santos, etc. Nelson Rodrigues, Mário Filho, João Saldanha, Armando Nogueira não deixaram substitutos. Como os astros citados acima são insubstituíveis.)
Mas, enfim, por que o brasileiro deletou o futebol da agenda?
O seleção fez ontem certamente a melhor exibição em uma década. Que eu me lembre de jornadas tão efusivas, talvez aqueles dois jogos contra a Argentina e o Uruguai no retorno de Romário à seleção antes da Copa de 94 possam ser comparados à noite de ontem.
Qual a diferença? A indiferença do torcedor. Enquanto lá atrás ouvíamos nos edifícios os gritos de gol, ontem o silêncio era como se todos estivessem vendo um filme, uma novela ou o noticiário.
Hoje cedo, andei seis quilômetros na orla de Boa Viagem (Recife). Não vi nenhuma discussão sobre o jogo ou sobre futebol de uma maneira geral.
Aqui e ali ouvi grupos falando sobre o depoimento de Marcelo Odebrecht, confirmando o que a torcida do Flamengo sabe desde sempre: Lula e Dilma são dois corruptos deslavados.
O futebol sumiu dos papos de esquina e dos botecos.
Nos tornamos 'torcedor casual'.
O Flamengo, maior torcida do Brasil, que jogava para quase 200 mil pessoas no Maracanã (original), hoje comemora ao reunir 50 mil.
É sintomático.