Felipe Frazão - Veja
Mascarados furtaram bandeiras do Brasil e do Mercosul em edifícios rotineiramente protegidos pela Polícia da Aeronáutica e fuzileiros navais da Marinha
Polícia da Aeronáutica tenta proteger o Ministério da Defesa de ataques no Ocupa Brasília,
protesto contra Michel Temer - 24/05/2017 (Felipe Frazão/VEJA)
Os prédios públicos na Esplanada dos Ministérios, cuja segurança
privada é contratada pelo governo federal, foram depredados,
incendiados e até furtados na manifestação contra o presidente Michel
Temer quarta-feira em Brasília.
O prejuízo supera 2,5 milhões de reais.
Esse foi o motivo para Temer decretar o emprego das Forças Armadas,
ato revogado horas depois.
Eram 1 500 soldados a mais às ordens do Comando Militar do Planalto,
para garantir a lei e a ordem. Mas, no desenrolar do protesto, as Forças
Armadas não evitaram danos nem aos prédios que já guarnecem
rotineiramente.
No Ministério da Defesa, um pelotão de choque da Polícia da Aeronáutica
protegia as portarias e lançava bombas sob o comando de um general.
Além de pedradas em vidraças e pichações contra Temer, os homens da Aeronáutica não impediram o furto da bandeira do Mercosul, hasteada
no estacionamento.
A cena se repetiu no Itamaraty, cujo palácio fora vandalizado e incendiado
em 2013, mas agora estava atrás da linha de defesa policial e é permanente protegido por fuzileiros navais, da Marinha.
As bandeiras do Brasil e do Mercosul foram igualmente levadas.