sexta-feira, 19 de maio de 2017

Planalto desconfia que gravação de Joesley foi editada e envia áudio de Temer a perito

Painel - Folha de São Paulo


Rebobine, por favor O Planalto decidiu enviar a peritos a gravação feita pelo empresário Joesley Batista, da JBS, com o presidente Michel Temer. Auxiliares do peemedebista desconfiam que a conversa foi editada. Comprovada a existência de montagem nos áudios, o governo vai reforçar a tese de que Temer foi vítima de uma “conspiração”, como ele próprio disse a aliados inicialmente. O grampo foi feito por Joesley antes de ele e executivos de seu grupo fecharem acordo de delação com a Lava Jato.
Pode Arnaldo? Palacianos vão, ainda, reforçar o discurso de que o grampo foi ilegal, feito sem autorização da Justiça. E questionarão a decisão a Procuradoria-Geral da República de validá-lo.
Ouvidos… Por volta das 18h desta quinta-feira (18), ministros e aliados de Temer se reuniram aos cantos, em pequenos grupos, na antessala do gabinete presidencial, para ouvir em celulares e notebooks o grampo de sua conversa com Joesley.
… moucos? Nomes do PSDB minimizaram o conteúdo da gravação diante da plateia governista. Decidiriam porém, a sós, à noite, o rumo do partido. Se houver desembarque, será conjunto. E terá efeito cascata.
Plano B Ala do tucanato defende o nome do senador Tasso Jereissati (CE) para suceder Temer na Presidência, caso ele deixe o Planalto e haja eleição indireta.
Vai que cola A tese tem simpatia em nomes da oposição, especialmente pela projeção de que, com a jurisprudência que o STF tem hoje, só pessoas com filiação partidária e desincompatibilizadas de cargos públicos poderiam disputar. Rodrigo Maia (DEM-RJ) também é opção.