segunda-feira, 21 de agosto de 2017

Chavista dissidente acusa Maduro de práticas dignas de Hitler e Stalin

O Estado de São Paulo


A ex-procuradora-geral da Venezuela, a chavista dissidente Luisa Ortega Díaz acusou o governo do presidente Nicolás Maduro de obrigar funcionários públicos a votar no chavismo na eleição da Assembleia Nacional Constituinte do mês passado. Em entrevista ao diário chileno El Mercúrio, ela acusou o governo bolivariano de adotar práticas de "Hitler e Stalin". 
"Funcionários públicos eram coagidos para votar", disse a ex-chefe do Ministério Público venezuelano, que fugiu do país na semana passada após ter os bens congelados e o passaporte confiscado. "Isso é uma maneira de escravizar o povo."
Com a Constituição venezuelana de 1999 em mãos, Luisa Ortega Díaz participa no domingo de encontro para defesa a Carta aprovada no governo de Hugo Chávez
Com a Constituição venezuelana de 1999 em mãos, Luisa Ortega Díaz participa no domingo de encontro para defesa a Carta aprovada no governo de Hugo Chávez Foto: EFE/MIGUEL GUTIÉRREZ

Ortega disse ainda que pretende montar um blog onde publicará opiniões e informações sobre questões penais relativas à Venezuela e à intervenção chavista no MP local.
A ex-procuradora disse também que sua destituição é um "capricho" do presidente Nicolás Maduro e um sinal de que o país caminha rumo à ditadura. /EFE