Lula e Mantega. Fotos Chico Ferreira/Reuters e JF Diorio / Estadão
Os ministros da Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal decidiram nesta terça-feira, 15, tirar das mãos do juiz Sérgio Moro delações premiadas da JBS que citam o ex-presidente Lula e o ex-ministro Guido Mantega (Fazenda).
A decisão faz com que Moro devolva ao STF os depoimentos dos executivos Joesley Batista e Ricardo Saud, do grupo que fechou acordo com a Procuradoria-Geral da República e mergulhou o governo Michel Temer em sua pior crise política.
Inicialmente, o ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato e JBS no Supremo, havia determinado o compartilhamento das delações com Moro e com a Justiça Federal em Brasília.
Nesta terça, porém, os outros ministros da Segunda Turma – Ricardo Lewandowski, Celso de Mello e Gilmar Mendes -, derrubaram a medida, acolhendo recurso dos advogados de Lula e de Mantega.
Por três votos a um, Fachin vencido, o colegiado entendeu que as delações da JBS não têm pertinência com as investigações sob responsabilidade de Moro. A apuração com base nos depoimentos de Joesley e Saud vai ficar sob guarda apenas da Justiça Federal em Brasília.
