quarta-feira, 20 de setembro de 2017

Fed fortalece dólar e Bolsa fecha pela 1ª vez acima dos 76 mil pontos

O Estado de São Paulo


Pelo segundo dia consecutivo, a Bolsa brasileira absorveu movimentos de realização de lucros e fechou perto da estabilidade nesta quarta-feira, 20, com leve viés de alta. O Índice Bovespa iniciou o dia em terreno positivo, perdeu fôlego ainda pela manhã e atingiu seu pior momento à tarde, após a decisão de política monetária do Federal Reserve. Depois de uma queda que chegou a 1,18%, o índice voltou a mostrar fôlego, neutralizou as perdas e subiu 0,04% no fechamento, marcando 76.004,15 pontos. Com essa leve valorização, o indicador galgou novo recorde histórico e atingiu pela primeira vez o patamar dos 76 mil pontos. 
Já o dólar à vista fechou em baixa de 0,13%, aos R$ 3,1305.
Bolsa
 Depois de uma queda que chegou a 1,18%, o índice voltou a mostrar fôlego, neutralizou as perdas e subiu 0,04% no fechamento Foto: Dario Oliveira/Código-18
Principal evento do dia, a decisão de política monetária do banco central norte-americano gerou alguma volatilidade no mercado, mas de maneira pontual. A instituição manteve inalteradas as taxas dos Fed Funds na faixa de 1% a 1,25% e anunciou que começará a reduzir seu balanço patrimonial em outubro.
A publicação do "statement" da reunião foi sucedida por uma entrevista coletiva da presidente da instituição, Janet Yellen. A percepção foi de que, ao citar que a fraqueza da inflação no país é temporária, Yellen confirmou as expectativas de um novo - e gradual - aumento de juros na reunião de dezembro.
Dólar. O dólar desacelerou as perdas ante o real - chegando a subir levemente - nesta tarde, depois que o Federal Reserve (Fed) deixou em aberta a possibilidade de uma alta de juros nos EUA em dezembro. No entanto, a sinalização de fraqueza da inflação e o impacto dos furacões na economia do país deixaram os investidores reticentes, o que levou a moeda americana a terminar em leve baixa.

O índice do Dólar (DXY) - que mensura a moeda americana ante seis moedas fortes - atingiu o nível mais alto desde meados de setembro diante de projeções para as taxa de juros do Fed que sugeriram mais um aperto monetário neste ano, com o Comitê Federal de Política Monetária (Fomc) deixando em aberto a possibilidade de ser em dezembro, seguida de três aumentos adicionais em 2018. Além disso, o BC confirmou o início da redução de seu balanço patrimonial, atualmente em US$ 4,5 trilhões. O banco central dos EUA disse que iniciará a redução em outubro em um ritmo de US$ 10 bilhões por mês, o que já era estimado por analistas.