quarta-feira, 20 de setembro de 2017

Maioria de ministros do STF determina que denúncia contra Temer vá para Câmara

O Estado de São Paulo




A maioria do plenário do Supremo determinou que o ministro relator da Lava Jato, Edson Fachin, pode enviar a segunda denúncia contra o presidente Michel Temer para a Câmara dos Deputados.
Os ministros discutem pedido do criminalista Antônio Cláudio Mariz de Oliveira, em nome da defesa do presidente, para suspensão do envio da denúncia à Câmara, diante da possibilidade de rescisão do acordo de colaboração premiada celebrado por todos os integrantes do grupo J&F com a Procuradoria. Até o momento, foram rescindidos os contratos feitos por Joesley Batista e Ricardo Saud, ambos presos preventivamente desde 14 de setembro por determinação do ministro Edson Fachin, do STF.
Também está na pauta a retomada do julgamento da Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 4439, em que a Procuradoria-Geral da República pede que o Tribunal decida que o ensino religioso nas escolas públicas somente poderá possuir natureza não confessional.
Outro tema pautado está na ADI 4275, em que se discute a constitucionalidade da alteração de registro civil sem mudança de sexo. A ação está sendo julgada em conjunto com o RE 670422, com repercussão geral reconhecida.

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  • 17h37
    20/09/2017
    Com o voto de Toffoli, já há maioria para rejeitar o pedido da defesa de Temer.
  • 17h31
    20/09/2017
    Ministro Ricardo Lewandowski começa a votar agora.
  • 17h30
    20/09/2017
    Toffoli diverge em parte com Fachin, da parte que diz respeito à decisão monocrática de Fachin. Contudo, ele vota com todos os outros ministros, para manter a validade das provas da JBS.
  • 17h26
    20/09/2017
    "Se em uma investigação o STF tem poder para trancar inquérito por justa causa, qual a razão para se imunizar desse juízo parlamentar uma denúncia contra o presidente da República?", disse Toffoli. Ele disse, contudo, que não está analisando se as denúncias são ineptas ou se há justa causa, porque isso caberia ao relator, Fachin.
  • 17h22
    20/09/2017
    Toffoli defende que, se for possível identificar falta de provas, a denúncia pode ser previamente rejeitada, antes da análise. O voto do ministro diverge do que os outros têm dito até o momento, que não caberia ao STF julgamento prévio.
  • 17h18
    20/09/2017
    Toffoli diz que seu voto pode parecer mais teórico. Ele defende, lendo leis, que um juiz pode rejeitar liminarmente uma denúncia.
  • 17h11
    20/09/2017
    Gilmar interrompe voto de Toffoli e volta a criticar Janot. "Acredito que o doutor Janot, com essa denúncia, vai conseguir superar o Claudio Fontelles, no quesito de inépcia", disse, afirmando que a 2ª denúncia contra o presidente tem fatos anteriores ao mandato.
    Relembre outros embates entre o ex-procurador-geral e Gilmar.
  • 17h04
    20/09/2017
    Ministro Luis Fux, que vota agora, diz que o juízo político será feito na Câmara, onde farão ou não a admissibilidade da denúncia. "Qualquer iniciaitiva do STF nessa fase preambular violaria a cláususla pétrea da separação dos Poderes", afirmou, votando com Fachin.
    Fux foi o quinto voto contra o pedido de Temer.
  • 17h00
    20/09/2017
    Rosa Weber também vota com os outros ministros, indeferindo o pedido da defesa de Temer de suspender denúncia contra Temer. Ela diz entender que, neste momento que ela chama de pré-processual, não cabe a avaliação sobre a validade da prova - julgamento desta ordem cabe à Câmara.

  • 16h56
    20/09/2017
    Todos os três ministros que votaram até agora foram contrários ao pedido da defesa de Temer: Barroso, Fachin e Moraes.
  • 16h55
    20/09/2017
    Próxima a votar agora é a ministra Rosa Weber.
  • 16h54
    20/09/2017
    O ministro Barroso vota com o relator, Fachin.
    Barroso diz que provas da JBS, gravações, não são as únicas da delação. Ele cita uma lista de outras evidências, como anotações, agenda, notas fiscais, emissões de passagens, etc, e pontua que oferecimento da denúncia é prerrogativa do MPF, citando manifestação da Raquel Dodge. 
  • 16h49
    20/09/2017
    Barroso fala que caberá à Câmara admitir ou não a acusação para que se investigue se é verdade ou não que havia esquemas criminosos, caberá à Casa avaliar se há ou não interesse público. Ele citou que a Câmara deve avaliar o julgamento de ex-ministro que é tido como dos R$ 51 milhões em Salvador, em referência a Geddel Vieira Lima, que está preso e também é citado na nova denúncia contra Temer.
  • 16h44
    20/09/2017
    O ministro Luis Roberto Barroso começa seu voto. Ele defende a Câmara deve analisar o mérito da denúncia, "não há portanto razão para se precipitar qualquer julgamento do Supremo sobre essa matéria". 
  • 16h42
    20/09/2017
    Ministros retomam o julgamento agora.