Andy Wong - 18.jul.2017/Associated Press | |
Cartaz com sinais de moeda estrangeira em exibição fora de um banco em Pequim |
DO "FINANCIAL TIMES"
A economia chinesa cresceu 6,8% no terceiro trimestre em relação ao mesmo período do ano passado.
O resultado veio um pouco abaixo do obtido nos três meses anteriores (6,9%), mas dá uma margem confortável para o governo atingir a sua meta no ano, no momento em que o líder Xi Jinping busca se consolidar no poder para além de 2022.
Segundo analistas, Xi estava determinado a garantir um número forte para o crescimento da economia, divulgado no início do Congresso Nacional do Partido Comunista.
O encontro, que ocorre a cada cinco anos, dura uma semana. Durante a reunião, o líder chinês pretende colocar seus seguidos em posições consideradas chave.
O principal objetivo do congresso é promover uma dança das cadeiras na burocracia chinesa -cerca de 70% do Comitê Central, com 350 membros; do Politburo, com 25; e do Comitê Permanente do Politburo, com sete, serão renovados.
No seu discurso de abertura, o líder chinês ressaltou que o Produto Interno Bruto do país cresceu 26 trilhões de yuans durante os cinco anos do seu primeiro mandato.
Ele declarou que "a China atendeu as necessidades básicas de mais de 1 bilhão de pessoas".
Com um crescimento acumulado de 6,9% nos nove primeiros meses deste ano (na comparação com o mesmo período de 2016), é praticamente garantido que a China vai superar a meta deste ano, de "cerca de 6,5%".
A segunda maior economia mundial também caminha para ter o primeiro ano de aceleração do crescimento desde 2010. No ano passado, o PIB teve alta de 6,7%, o menor avanço em 26 anos.
Apesar dos resultados melhores, analistas alertam para o fato de que o crescimento deste ano se deve em parte a estímulos fiscais e monetários adotados ainda em 2016.
Esses estímulos aceleraram a economia no curto prazo, mas elevam os riscos no longo prazo. O crescimento do crédito imobiliário, por exemplo, fez ressurgir os temores de uma bolha no setor.