sexta-feira, 20 de outubro de 2017

Existem R$ 2,5 bilhões sem dono na Suíça. São seus?

Crédito: Joa Souza/ Ag A Tarde
DEVASSA PF monitora contas de acusados pela Lava Jato fora do País (Crédito: Joa Souza/ Ag A Tarde)

IstoE


Tem dinheiro voando. A clássica expressão metafórica do submundo político nunca se ajustou com tanta perfeição a uma recente investigação da força-tarefa da Lava Jato. Acredite se quiser. Um rastreamento da Polícia Federal resultou num bloqueio de R$ 3,2 bilhões só este ano em contas na Suíça. Desse total, investigadores no Brasil apontaram que ainda desconhecem quem são os verdadeiros donos de cerca de US$ 800 milhões (R$ 2,52 bilhões) de 800 contas correntes bloqueadas no país europeu. E, olha que coisa, ninguém até agora se candidatou para resgatá-los. Claro, quem se apresentar pode vir a se enrolar com a Justiça. É que assim que os donos forem identificados ações penais deverão ser abertas para que se tente buscar a devolução da dinheirama. Bem, mas sempre há chance de negociação, como se pôde observar em casos pretéritos da Lava Jato. Ao fim e ao cabo, pode até ser um bom negócio.
Ironias à parte, o procurador Paulo Roberto Galvão, da força-tarefa em Curitiba, destaca que R$ 769 milhões já foram recuperados aos cofres públicos do Brasil desde o início da operação, em 2014. Falta uma análise sobre os bilhões restantes. Há cheiro de que outras centenas de contas de alvos da Lava Jato estejam escamoteadas naquele País.
Problemas
A dificuldade para recuperar o dinheiro está na ampla rede de corrupção montada, que envolve empresas de fachada, “laranjas” e contas bancárias em paraísos fiscais. A devolução aos cofres públicos, no entanto, depende da localização do dinheiro. E de seus respectivos donos. Por acaso é seu?