quinta-feira, 19 de outubro de 2017

Tasso faz gesto político para 2018", por João Domingos

Se o PSDB pensa mesmo em disputar 

a sucessão do presidente Michel Temer

 com o objetivo de voltar ao poder, o 

partido não pode ficar pensando em 

aliviar a barra de Aécio Neves


O Estado de São Paulo


Ações humanitárias têm sentido em tudo o que é lugar, menos na política partidária. Esta é feita de outra forma, visando ao crescimento do partido e ao estreitamento de laços com o eleitor.
Por isso mesmo é que, ao defender a renúncia de Aécio Neves (MG) da presidência do PSDB, o senador Tasso Jereissati (CE) está fazendo um gesto político para que a legenda se livre de amarras que possam atrapalhar seus projetos partidários.
Se o PSDB pensa mesmo em disputar a sucessão do presidente Michel Temer com o objetivo de voltar ao poder, o partido não pode ficar pensando em aliviar a barra de Aécio Neves. Ele conseguiu reaver os direitos parlamentares de volta, mas não fez as pazes com o eleitor.
Sempre o presidente de um partido é também o coordenador da campanha do candidato à Presidência. Como é que o PSDB se apresentará para o eleitor tendo Aécio Neves à frente da coordenação do programa de governo e da própria candidatura tucana? É fazer isso e perder.