domingo, 18 de março de 2018

Três anos após 'lista do Janot', veja situação dos primeiros políticos investigados pela Lava Jato

O ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)
O ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Por Lucas Salomão, G1


"lista do Janot", como ficou conhecida a primeira relação de políticos investigados no Supremo Tribunal Federal (STF) em decorrência da Operação Lava Jato, completou três anos neste mês.

No dia 6 de março de 2015, o já falecido ministro Teori Zavascki autorizou inquéritos para investigar 47 políticos de diferentes partidos a pedido do então procurador-geral da República, Rodrigo Janot.

Desde então, com o avanço das investigações, o número de políticos investigados na Corte já chega a 78.

Daquela lista, três políticos foram condenados e estão presos: os ex-deputados Eduardo Cunha (MDB-RJ), Luiz Argôlo (SD-BA) e Pedro Corrêa (PP-PE) – esse último em prisão domiciliar.

Nenhum deles, porém, teve a condenação decretada pelo Supremo, já que não detêm o chamado "foro privilegiado" (prerrogativa de deputados e senadores de serem processados somente no STF).

Por isso, os processos sobre os três, inicialmente abertos no STF (quando ainda detinham mandatos parlamentares), foram encaminhados ao juiz Sérgio Moro, responsável pela Lava Jato na primeira instância da Justiça.

Além deles, o Supremo tornou réus nove políticos dentre aqueles incluídos na primeira lista de Janot: os deputados Aníbal Gomes (MDB-CE), José Otávio Germano (PP-RS), Luiz Fernando Faria (PP-MG), Nelson Meurer (PP-PR) e Vander Loubet (PT-MS); e os senadores Fernando Collor de Mello (PTC-AL), Gleisi Hoffmann (PT-PR), Romero Jucá (MDB-RR) e Valdir Raupp (MDB-RO).

Há ainda 14 denúncias contra políticos investigados a partir da "lista do Janot" que ainda não foram analisadas pelo STF.


Andamento dos inquéritos