quinta-feira, 15 de outubro de 2015

Impeachment x Impunidade: Brasil de um lado, PT do outro

Com Blog do Felipe Moura Brasil - Veja


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– Nordeste lidera homicídios no país, puxado pela Bahia, recordista nacional em número absoluto, há 9 anos sob governo do PT. Parabéns.
– Sete em cada dez baianos querem o impeachment de Dilma Rousseff, segundo levantamento do Instituto Paraná Pesquisas. Precisamos pressionar o governo enquanto eles sobrevivem.
– Maioria no STF petista acha impeachment “questão de impacto grande demais para ser definida por um parlamentar”, segundo o Valor. Desculpa vaidosa para golpes infames contra o Legislativo.
– Cunha: “O governo não veio me procurar para debater impeachment em nenhum momento.” Sei. Foi tudo pelo whatsapp, né.
– Rodrigo Janot, o procurador da Dilma, defende que Congresso, e não só Câmara, vote contas de presidentes. Quer deixar a madrinha com o aliado Renan Calheiros.
– Janot também pediu inquérito sobre contas de Cunha na Suíça. Não dá para contar com o PT, Cunha. Acolher o novo pedido de impeachment é sua melhor chance de sair como herói.
– Dias Toffoli pede que Dilma opine sobre Gilmar Mendes ser relator da ação de cassação no TSE. Dãã. Ela prefere Luciana Lóssio ou o próprio Toffoli, claro. É o cúmulo que escolha seu juiz.
– Folha lembrou que Mendes fez fortes críticas ao governo do PT. Podia lembrar também que Toffoli e Lóssio são advogados de carreira no PT.
– Ninguém se mantém no cargo com liminar do STF, ironizou Gilmar Mendes. Mas vendendo PF, PGR, Conselho de Ética e ministérios, quem sabe…
– S&P e Fitch rebaixaram Brasil. Mais uma e Dilma pode pedir música ao Fantástico: ‘o dia já vem raiando, meu bem, eu tenho que ir embora…’
– Tudo que Cunha disse sobre o rebaixamento se aplica à sua negociata com o governo Dilma:
a) Governo fica “falando de processo de impeachment o tempo inteiro e isso fica na pauta como único assunto político”. Cunha prefere que o governo não vaze para a imprensa suas exigências.
b) Governo não “faz a sua parte”. Não dá o que ele exige.
c) Governo “não passa o grau de credibilidade necessário”. Não transmite confiança de que vá cumprir o acordo.
– Obviamente, Cunha não faz a sua parte nem passa o grau de credibilidade necessário ao usar o impeachment para se manter no cargo. O presidente da Câmara já se rebaixou.
– Cunha ainda tem dito a deputados encrencados, segundo Lauro Jardim, do Globo, que “o Conselho de Ética da Câmara não pode deixar abrir qualquer processo contra ele pois se o fizer ‘abre a porteira’ para os outros casos de parlamentares envolvidos em escândalos. É algo na linha do ‘pensem bem o que vão fazer comigo, porque eu sou vocês amanhã'”. É a pressão psicológica de Cunha para mais um acordão da impunidade.
– Oposição deveria deixar preparada uma narrativa simples para explicar ao povo o quão infame é o eventual acordão de Cunha com o governo Dilma, Lula e deputados encrencados.
– Miriam Leitão desmascarou as mentiras de Lula sobre as pedaladas fiscais:
“O discurso demagógico de pedaladas feitas para favorecer os pobres é desmentido pelos fatos. O gasto com as grandes empresas foi infinitamente maior do que com os programas de transferência de renda. Mas, além disso, os números mostram a quem se destina a maior parte dos subsídios e subvenções pagos pelo Tesouro: às grandes empresas.”
O PT é o partido dos ricos: prometeu o socialismo e resgatou a oligarquia.
– Lula ainda afirmou ao MP, no inquérito que o investiga por suspeita de tráfico de influência em favor da Odebrecht, “que sempre procurou ampliar as oportunidades de divulgação dessas companhias no exterior, com vistas à geração de empregos e de divisas para o Brasil”. Ou seja: as pedaladas são para os pobres; o suposto tráfico de influência, também. Mas ambos beneficiam os ricos.
– VEJA: Comitiva de Dilma [a “ilibada”] gastou mais de US$ 200 mil em carros de luxo nos EUA e deu um calote de 100 mil na empresa de aluguel. Quem eram mesmo os “moralistas sem moral”?
– Folha: Lula reúne bancada do PT para conter o ‘Fora Cunha’. A ordem do “chefe” chegou, Zé de Abreu. Cuidado.
– Só o jogo político-criminal desse mês no país já daria umas três temporadas do ‘House of Cards’ brasileiro.